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Pessoal, só pra constar tudo que tem nesse blog é de minha própria autoria!!!

sábado, 26 de novembro de 2011

Às vezes a ficha demora pra cair, é medo de joga-la no chão!!!

Sandra Sueli

sexta-feira, 25 de novembro de 2011





Todo dia, aqui e além
É sempre o mesmo, vai e vem
Verde, Verde, Verde
Algumas queimadas
E a linha do trem, que minha avó tanto fala.

O trem já não passa
Mais ela continua lá
A espera de quem não vai mais voltar
Eu volto todo dia e ela continua lá
A espera do trem
Que não vai mais passar.

Diz minha avó: é o melhor transporta que há!
De um ela já pulou
Errado ela já pegou
Em muitos deles viajou
Nos lugares em que passou.

Talvez por isso seja
Que ela fale com tanta tristeza
Das suas viagens de trem.
Com aquele ar de saudade
Que me dá até vontade
De confirmar se é verdade
Essa comodidade do trem.

Mais por aqui nessas bandas
Agora ninguém mais anda
Nesse transporte querido
Por muitos hoje esquecido

Um dia já foi sucesso
Agora é só lembrança
Que hoje virou história
Daquelas que vovó conta
E que eu ouço atentamente
Desde os meus tempos de criança.

Sandra Sueli.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011


Ser um tolo feliz, ou um sábio triste?
Assim nos questionou hoje o mestre.

Será que ele sabe, que questionamentos assim;
São como pedras quando caem da ribanceira em cima da gente?
Dilacera até a alma!

O tolo não cava, ele procura uma fonte e sacia a sua sede!

O que procura ser sábio, nunca está saciado..
Mesmo defronte a maior imensidão das aguas.

È um eterno incompleto.

O tolo nem se dá conta do seu vazio...

Não busca conhecer, porque o que conhece já lhe basta.

O sábio não se contenta com seu tudo, enquanto o tolo se contenta com seu nada!

Sandra Sueli.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Na vida não se pode aceitar tudo, como se estivessemos com uma venda nos olhos, nem tampouco  renegar tudo, como se unicamente fossemos o dono da verdade, há que se questionar o que se parece claro, e mais ainda o que vemos totalmente escuro.

Sandra Sueli.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A medida que as pessoas nos machucam, nós machucamos outras tantas.

04/11//2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O HOMEM DE BRANCO.

Eu sentada ali, ponto turístico dos casais, com o rastro da luz do sol batendo no meu rosto. Não vou omitir que eu estava inspirada. Minha vontade não era de estar ali, só. Queria alguém do meu lado, mas, naquele momento só me restava contemplar a beleza do lugar.

Chão limpo, árvores bem cuidadas, os passáros cantavam uma canção que me fazia lembrar meus tempos de inocência. E, num movimento suave do rosto ao olhar para o ado, meus olhos só viam uma coisa: avistei um lindo homem de estatura mediana, cabelos pretos, liso com um leve caimento, olhos pretos, pele clara, camisa entreaberta, mãos para trás. Tinha a aparência de ser médico.
Passaram-se mil coisas em minha cabeça em questão de segundos. Meus estímulos foram voltando ao normal e percebi que junto dele havia uma cachorrinha que o acompanhava enquanto ele sentava em um banco, outro e depois de rodar quase a praça inteira, sentou-se quase em frente ao banco em que eu estava. Era o lugar perfeito. Dali, dava para eu o observar com mais clareza. Seria um deus grego em plena praça pública? Não sei. Mas, era o típico homem que se chama de perfeito.

E enquanto ele conversava com a cachorrinha vi que fazia gestos, como se explicasse algo. Tinha a feição de contrariedade, raiva, angústia, as mãos impacientes passeavam sobre seu cabelo. Seu rosto, seus olhos inquietos a olhar de um lado para o outro. Com certeza ele tinha algum problema. Mais como? Um homem lindo, tudo de bom, aparentemente tinha tudo para ser feliz, como poderia estar triste ou angustiado? Devia ter uma linda mulher o esperando em casa e pensava:  "que pena que não sou eu!.

Os minutos foram passando e fui voltando ao meu estado normal, e pude perceber que aquele homem infelizmente tinha mesmo problemas: era doente mental e ficara assim devido a alguma decepção muito grande na vida. Agora tudo ficava claro! Os gestos rápidos , a face profundamente triste, o vazio no olhar, o ar de abandono. Não pude acreditar! Um desperdício, tanta beleza! Queria poder fazer algo por ele, mais não estava ao meu alcance.

Em meio a esses pensamentos, ele se levantou, fez um gesto para que a cachorrinha o seguisse e foi embora falando sozinho.

Foi de cortar o coração vê-lo partir...Ainda mais daquele jeito, sem rumo. De repente já não o avistava mais. Agora eu podia enxergar tudo normalmente, as pessoas, os carros, as casas, os pássaros a entoar a mesma canção. Continuava tudo igual. Nada havia mudado. Quer dizer, quase nada, o homem de branco já não estava mais ali.

Não sei para onde ele foi, mais onde quer que tenha ido, pedi a Deus que o protegesse sempre e a ultima coisa que me dei conta, foi de que estava novamente só.

O tempo foi fechando, até o último raio de sol desaparecer. Decidir ir embora antes que caísse a tempestade, levantei e embora estivesse completamente lúcida, os fatos passavam e repassavam na minha cabeça, nem percebia os passos que dava, tinha a sensação de estar fora do chão.

Cheguei em casa, troquei de roupa e já não pensava muito no que tinha acontecido naquele fim de tarde. Mais ainda consigo lembrar de tudo nos mínimos detalhes, isso com certeza ficou gravado na minha mente pra sempre, assim sempre que eu quero lembrar, recorro aos meus pensamentos e viajo na minha imaginação. Até que alguém me chame de volta ao mundo real.

Escrito em 23/05/2008

Sandra Sueli